No dia 18 de Julho de 2009, depois de 6 meses a viver em Madrid, numa existência calma, pacífica e segura, fui jantar fora a um restaurante chinês. Era a minha última noite na capital espanhola, no dia seguinte voltaria a Portugal.
Ora, não havia razões para acreditar que eu acabaria essa noite com uma pochete a menos. Com os meus documentos todos, 10 euros em dinheiro, os meus cartões Multibanco todos, a minha navalha preferida e o meu cachimbo de crack.
Mas assim foi. Depois de várias tentativas, os amigos do alheio finalmente capitularam. Na forma de dois paneleiros. Vamos ver:
Aos 7 segundos, entra o pato. Os paneleiros estavam já junto da nossa mesa (canto inferior esquerdo) havia uma boa meia hora. Vamos observar como, depois do pato se sentar, eles se aproximam.
Aos 58 segundos, executam a manobra de subtracção: observemos a calma, e a frieza, e a filha da putice, com que eles roubam a pochete do pato. E depois olhemos para o ar de perfeita ignorância e beneplacidez com que o pato e os seus amigos continuam a ceia.
Mando daqui um abraço ao meu amigo Ricardo, que me proporcionou este valioso documentário (fornecido pela amável chinesa dona do restaurante), e que me ajudou durante a noite do roubo a procurar a carteira na Chueca. Procurar dois paneleiros na Chueca é como procurar duas loiras na Finlândia.
Fui ludibriado, mas estamos aqui para aprender: julgo que posso assumir com confiança que nunca mais serei assaltado por dois paneleiros num restaurante chinês.
4 comentários:
Filhos da puta.
Já foste!
não se vira as costas ao mar, marujo!
Foste gamado e ainda por cima com pinta.
Fodass
O grande partia-os ao meio
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