25 de setembro de 2009

Vindimas!

A todos os cabeças duras, que acreditam que as músicas em língua inglesa ficam tão parolas como as nossas depois de traduzidas, aqui vai a prova em contrário.
Trata-se de “I Heard it Through the Grapevine”, um original de Barret Strong e Norman Whitfield, popularizada pelo Rei Marvin Gaye.
A melhor versão que existe, na minha modesta opinião, é dos Creedence Clearwater Revival, uma banda Sulista, com sotaque e mestria.
Trata-se de um homem despeitado, quando, durante as vindimas, veio a saber que a sua amada iria em breve trocá-lo por outro homem.

Vamos ouvir.



Aposto que te indagas como eu soube
Ah, os teus planos para me deixar azedo
Com um outro gajo que já conhecias
Entre nós os dois, sabes que te amo mais
Apanhou-me de surpresa, devo dizer quando soube ontem

Oh, ouvi-o pela vinha
Por mais muito tempo, não vais ser minha
Oh, ouvi-o pela vinha
E estou quase a passar-me da pinha.
Querida, querida, yeah

Sabes que um homem não é suposto chorar
Mas estas lágrimas não consigo aguentar
Perder-te acabava com a minha vida, percebes
Porque é isso que significas para mim
Podias ter-me dito isso tu,
Que encontraste outra pessoa

Em vez disso, ouvi-o pela vinha
Por mais muito tempo, não vais ser minha
Oh, ouvi-o pela vinha
E estou quase a passar-me da pinha.

As pessoas dizem, “ouves pelo que vês”
Não, não, não, pelo que ouves”
Não posso evitar estar confuso
Se é verdade, não me dizes, querida?
Planeias deixar-me
Pelo outro gajo que conheceste?

Oh, ouvi-o pela vinha
Por mais muito tempo, não vais ser minha
Oh, ouvi-o pela vinha
E estou quase a passar-me da pinha.
Querida, querida, yeah

Entra um solo de guitarra zangada. A bateria desenvolve, e ouvem-se muitos pratos.

Volta a entrar outro solo de guitarra, desta vez um pouco agonizante.

Oh, ouvi-o pela vinha
Por mais muito tempo, não vais ser minha
Oh, ouvi-o pela vinha
E estou quase a passar-me da pinha.
Oh, ouvi-o pela vinha
Por mais muito tempo, não vais ser minha
Oh, ouvi-o pela vinha
E estou quase a passar-me da pinha.

O resto é instrumental, mas aconselho a ouvir até ao fim.

Temos mensagem. Nada de “um por todos todos por um”, ou “quero deitar-te numa cama de rosas”, ou “cada bafo que deitas eu estou-te a ver”.

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