15 de setembro de 2009

Igor


Tenho a certeza de que já todos nós imaginávamos como seria a nossa vida se fôssemos assassinos profissionais. Ser aquela pessoa que recebe uma mala cheia de dinheiro para matar determinada pessoa. Um mercenário que passa uma tarde ao sol à espera de espremer o gatilho de uma Dragunov para enfiar uma bala dentro da cabeça de alguém. E depois ir comer marisco a um bom restaurante com uma mulher que se conheceu no próprio dia, porque é isso que fazem os assassinos profissionais. É a calma, a fleuma, a posse, a frieza, a vontade.

De que personagem se trataria?
Normalmente, optaríamos por alguém com um extenso mas obscuro treino pseudo-militar. Alguém treinado para matar por instinto, como reacção a estímulos. Na casa dos quarenta, e já agora cinturão negro numa disciplina de artes marciais qualquer. Mais? Porque não ser fluente em línguas díspares, como uma anglo-saxónica e um a latina? E a cereja no topo do bolo ser ele, apesar do seu esforço para ser inconspícuo, ter uma caractarística, uma deficiencia física que o pode denunciar perante qualquer força policial europeia.

Tal pessoa existe.
Chama-se Igor, o Assassino, e tem a sua página no wikipédia. Trata-se de um assassino profissional, fez parte da Agência de Informação Externa, uma agência de espiões. Depois passou pela KGB, e finalmente pela Spetnaz. Tudo isto nomes que são mencionados em qualquer filme sério de espionagem.
Ora, é um mestre de Judo, caminha com um ligeiro coxear, e é fluente em inglês e português. E no entanto, ninguém sabe quem ele é na realidade, nem onde é que ele anda.
Para mim, é o estereótipo do assassino, da cabeça aos pés. Apareceu agora numa obscura ribalta (entre os espiões e assassinos), porque aparentemente foi ele quem envenenou Alexander Litvinenko, o ex-agente da KGB, com polónio 210, votando-lhe uma morte agoniante. Isto, para quem não acredita na versão oficial, que diz que foi Alexander Lugovoi (um mero aprendiz) quem o matou.

Ele anda por aí, tenho a certeza. Pode ser o vosso vizinho, o vosso professor, o vosso padeiro. Não há fotografias dele. Por isso tomei a liberdade de elaborar uma aproximação artística.

Aqui está ele, Igor, o Assassino.




Sem comentários:

Acreditam:

Seguidores