22 de fevereiro de 2010

D. Ermelinda

D. Ermelinda já tinha previsto isto. Independentemente do que se possa pensar sobre divinação, astrologias, previsões do futuro, o que é certo é que D. Ermelinda anda a acertá-las em todas.
Nomeadamente, o tornado que houve em Aveiro.


Segundo D. Ermelinda, não se trata de um tornado, mas sim de uma rasgão no delicado tecido do espaço-tempo. As telhas arrancadas das casas da Gafanha foram parar à próxima quinta feira.

Ora, o que se segue, segundo D. Ermelinda?
O planeta Terra vai começar a rodar mais rápido. No início, as pessoas não vão notar grande coisa, apenas que o sol parece levantar e pousar em menos de um dia. Depois, as pessoas que vivem mais próximas do equador vão sentir-se cada vez mais leves. Próximo dos pólos, a diferença é menor, uma vez que o momento angular da Terra é menor aí.
Cada vez mais depressa a Terra rodará, até ao ponto em que o Sol vai parecer que dança freneticamente à sua volta, como um estroboscópio estelar. Os dias vão demorar 15 minutos, para grande transtorno do comércio.
A certa altura, não se distinguirão os dias das noites, passando o planeta a estar numa penumbra constante: nos pólos, o Sol desenhará um círculo no céu como se um mimo girasse uma corda à sua volta com uma bola de fogo na ponta.
Mas, por essa altura, já nada adiantará. Cada vez mais próximo do equador, as pessoas começarão a ser projectadas para cima, para se perderem irremediavelmente. Vão ficar suspensas no espaço, observando o planeta a girar como um pião debaixo dos seus pés. Nos pólos lá se aguentarão, com muitas nauseas.

A partir de certa altura, a rotação será tanta que as hienas mortas-vivas que povoam o submundo começarão a ser cuspidas em catadupa das entranhas da Terra, tranformando-se em esqueletos amontoados que também serão projectados para o espaço.

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18 de fevereiro de 2010

Isto é o que eu percebo das notícias.

Desapareceu uma menina na Praia da Luz, no Algarve. De modo a esconder o seu corpo, Armando Vara pagou a um sucateiro para a enterrar. Tudo corria bem, até a sucata ser comprada pela PT. A TVI descobriu, e então a PT tentou comprar a TVI despedindo a Manuela Moura Guedes. No entanto, o António Crespo estava no túnel quando isso aconteceu, e acabou por ser o Hulk a servir de bode respiratório. Gonçalo Amaral Dias, ex-inspector da Judiciária, descobriu tudo e quis pôr o assunto em pratos limpos, mas Sócrates não deixou. E as pessoas acusam-no agora de atentar contra a liberdade de expressão dos jornalistas.

17 de fevereiro de 2010

Raparigas em Viseu querem Sexo

Presumo que seja uma consequência natural da globalização digital. No espaço de poucos anos, até mesmo o jogo humano de ritualização amorosa, onde estavam invariavelmente envolvidas a comunicação, os olhares, a corte, as prendas; tudo isto sofreu uma mudança de paradigma. Afinal de contas, o objectivo último do jogo de corte entre os seres humanos é e sempre será o sexo.

Ora, os tempos mudam, e era óbvio que assim aconteceria. Mas assim tão rápido, tenho as minhas dúvidas que estejamos preparados.

Na internet, já não existe esse jogo de cortesia. Vai-se directo ao assunto, sem quaisquer tipo de preliminares. E o ciberespaço propicia este tipo de anonimato, de despersonalização da outra pessoa.

Pois é nisto que eu tenho reparado. Como qualquer jovem saudável, gosto de surfar na net. Ver sites de desporto, notícias, trivialidades, etc. Pois ultimamente, nestes sites aparentemente inócuos que visito, tenho vindo a ser constantemente surpreendido pela quantidade absurda de mulheres, cá em Viseu, que procuram sexo sem compromisso.

Chocou-me particularmente ver a Mafalda, uma colega minha do liceu, nestes preparos. Oferecer sexo na internet.

Longe de ser um caso isolado, parece sim que é uma epidemia. Ainda por cima, só encontro raparigas de Viseu nestes sites! Será possível que só cá por terra de Viriato existem estas badalhocas oferecidas?!?



Esta última, por exemplo, lembro-me dela da explicação de Matemática. Era filha de uma contínua lá no ciclo, e, na verdade, acho que ninguém acreditou que ela fosse singrar na vida. Agora, estar a oferecer-se descaradamente a um qualquer desconhecido na net, isso a mim é que me mete confusão.



Até no Caramulo! Lembro-me perfeitamente da Ritinha, esta do lado esquerdo, irmã da Andreia que trabalha no Palácio do Gelo. Que diria a mãe dela, a D. Fernanda, se visse a sua filha mais nova a mostrar as mamas na internet.
Não sei onde é que isto vai parar.
Não sei mesmo.

10 de fevereiro de 2010

LIPOCAS

Newsletter da “Quercus”, 23 de Fevereiro de 2094
Caros leitores,

Viemos desta forma denunciar um verdadeiro atentado ao Sistema Solar. Desde há uns 20 anos para esta data que se têm registado abusos no respeita ao marketing “selvagem” que algumas empresas têm vindo a praticar. À falta de espaço que cada vez mais se faz notar, as empresas dedicaram-se à promoção visual dos seus produtos noutras paragens. Pequenos “génios” de marketing, sentados às respectivas secretárias e sem nada mais para fazer do que rentabilizar as marcas e corporações que lhes pagam, mesmo que o custo seja um verdadeiro atentado aos órgãos visuais.
O caso mais antigo trata-se, como se sabe do nosso vetusto satélite natural, a Lua, tantas vezes alvo de suspiros e obras de arte, tantas vezes venerado por antigas civilizações.

Hoje, não passa de um enorme placard de uma marca de ténis.

Este ciclo parece não ter fim, uma vez que as leis de propriedade no espaço estão ainda pouco definidas, estando a sua exploração entregue a um punhado de abastados mercenários, que vendem o espaço de que são donos (pela mera razão de terem sido os primeiros a lá chegar) a peso de ouro a corporações gigantescas de marcas de refrigerantes, vestuário, automóveis e relógios.
Quando é que isto vai acabar? Os governos parecem estar pouco interessados neste problema, uma vez que os alvos destas críticas estão a centenas de milhar de quilómetros de distância dos seus contribuintes.
Ora, esta situação insustentável tem de acabar.
Chegou aos ouvidos da Quercus que uma das maravilhas do nosso Sistema Solar, os Anéis de Saturno, estão em vias de serem pulverizados pelo excesso de carga publicitária.


Assim, a Quercus fundou um novo projecto para pôr fim a este abuso.
Trata-se da LIPOCAS — Liga Portuguesa de Conservação dos Anéis de Saturno. Vamos exigir aos governos que regulem o actual caos de propriedade no espaço, por um lado, e exigir às empresas responsáveis que retirem de imediato os seus cartazes publicitários dos Anéis, por outro.
Vamos também organizar uma manifestação em frente à ONU, no próximo dia 18 de Março, de modo a sensibilizar os governantes para esta gritante desconsideração com a Natureza.
Entretanto, intimamos todas as pessoas para que boicotem as marcas publicitadas. Bem sabemos que somos poucos, mas por vezes basta um grão de areia para partir um motor de hiper-propulsão.
Saudações verdes!


8 de fevereiro de 2010

Diário de Hugh Heffner

Querido diário

Eh pá já não dá. Muito tempo passei eu a tentar enganar-me a mim próprio, dizendo que até não é uma vida má, mas já não dá. Dei o tilt. Já estou farto de mulheres até à ponta dos cabelos. Loiras altarronas, sempre com as merdas delas, e que eu não dou atenção, e que querem dinheiro para fazer um branqueamento da anilha, e mais umas mamas novas que as outras já estão gastas, e mais não sei o quê. E depois à noite querem festa. Tenho oitenta anos, porra! Sinceramente, se eu soubesse que ia ser assim, tinha arranjado um trabalho de secretária em que ninguém me chateasse a pinha. Agora isto... Pelo amor de Deus. Ninguém merece este calvário. Digo-te já, querido diário, e fica aqui entre nós, isto já nem com Viagra e Cialis e uísques lá vai, e eu uso tudo na mesma noite. Não consigo melhor que meia haste. Copular com a minha idade é como jogar bilhar com uma corda. Na verdade, quando vou para a cama com a miss fevereiro, que ainda é a que menos me chateia, fecho a luz, pego na minha escova de pêlo de marta, viro-lhe o cabo para a frente e toma lá morangos. Já nem estou para me chatear.
Maldita a hora em que me meti nisto.





6 de fevereiro de 2010

Entrevista.

Depois de cumprir o protocolo, abrindo a porta a uma Maria de saia curta mas não demasiado, Jorge Silva esboçou um sorriso. A primeira imagem era bastante positiva. Nos seus trinta e poucos, Maria mantinha uma silhueta de 21 anos, graças a algum ginásio e principalmente à genética. Entrou com ar decidido, cumprimentando Jorge com um seco aperto de mão e dirigindo-se à cadeira em frente à secretária.
Mantendo o sorriso inicial, disse a Maria “Então a Dona Maria quer casar comigo”, como se um director de escola dissesse complacentemente um menino que acabara de se portal mal “Então voltaste a fazer merda, Pedrão”.
— Dona Maria não, Jorge. Tratemo-nos por tu, uma vez que eu vou ser tua mulher em breve. — disse Maria com outro sorriso do género.
— Ah, ah, ah — disse Jorge com uma gargalhada — vejo que está muito confiante. Era bom que fosse assim tão simples. Por enquanto, sou o Sr. Jorge. Vamos lá então conversar um pouco?
— Sim, senhor — disse Maria ajeitando-se inconspicuamente na cadeira e respirando fundo.
Jorge desfolhou o currículo de Maria, em mais tempo do que esta desejava. Folheava, voltava atrás com ar sério, sem nunca olhar para Maria. Olhou, enfim, quando perguntou:
— Diz aqui que perdeu a virgindade muito cedo.
— É verdade — disse Maria, simulando que estava preparada para essa pergunta. — Comecei a namorar muito cedo, e surgiu essa oportunidade. Não me arrependo, foi perfeitamente consensual.
— Tudo bem. Quantos homens já teve na sua vida? Aqui não consta. — disse Jorge atirando os papéis que segurava para cima da secretária.
— Não julguei que fosse importante. Mas tive cerca de uma dúzia.
— Cerca de uma dúzia?
— Sim, entre 10 e 15. Não sei, não fiz as contas. Como disse, não julgo importante.
— Conte-me a história de cada um deles, ou dos mais importantes, de forma resumida, por favor.
— Muito bem — disse Maria, apertando as mãos no meio dos joelhos e desviando os olhos para cima e para a direita. — Tive o meu primeiro namorado, o Alfredo, que me tirou os três, durante uns dois meses. Era uma miúda, coisas de miúdos aconteceram pelo meio, de que nem me lembro. Mas não foi nada de sério. Tive um outro, que conheci durante o curso...
— ... de Assistente Social, certo? — interrompeu Jorge.
— Precisamente. Conhece-se muita gente, como calcula, ele pareceu-me um rapaz correcto, e a nossa relação durou um bom meio ano. Não era má pessoa, mas um pouco imaturo. Acho que gostava mais de fumar charros com os amigos e de jogar Playstation do que estar comigo. Eu não sou chata nem possessiva — interrompeu-se Maria, como se se arrependera do que acabara de dizer — mas exijo o mínimo de dedicação, para uma relação funcionar. Ora, depois tive umas poucas breves relações, inclusive com um rapaz que me batia, mas era extremamente charmoso, outra com um rapaz muito tímido e sem qualquer sentido de humor, mas era muito bom no capítulo sexual. Uma ou outra relação, sem qualquer significado, e foi então que tentei procurar alguém que preenchesse as minhas ambições e expectativas. E foi então que me dirigi a si, Sr. Jorge. Sei que tem a reputação de ser um excelente homem, muito providenciador, carinhoso e competente a vários níveis.
— Ah, mas muito obrigado — disse Jorge com uma ponta de cinismo. — Sabe, eu sou um homem de gostos simples. Gosto de determinadas competências, que não são muitas, mas têm de ser altas.
Jorge fez uma pausa intencional, rodando uma caneta nos dedos.
— Como é que estamos no capítulo dos bicos?
— Bicos? — disse Maria, para ganhar tempo.
— Sim, bicos. Broches, mamadas, felácios, chame-lhe o que quiser.
— Sim. Bem, posso garantir-lhe que sou bastante boa. Sempre mo disseram, e o Sr. Jorge sabe melhor que eu que os homens não costumam mentir neste aspecto.
— Ouça, se vir a ser minha mulher, eu posso vir a solicitar bicos a qualquer hora do dia, ou mesmo da noite. Tenho de ter a certeza de que a Maria terá a energia e disponibilidade necessária. Sempre com a mesma competência.
— Concerteza, Sr. Jorge. Sempre que tal me foi pedido, sempre cumpri o meu papel, e posso dizer-lhe que foi quase sempre com gosto. É uma coisa que também me dá prazer, é saber que estou a dar prazer ao meu homem.
— Compreendo. Gosta de foder, portanto.
— Sim senhor. Gosto bastante.
— Ok. E outras competências? Cozinhar, tratar da casa, organização doméstica, etc.
— Sim senhor. Gosto de cozinhar, mas sou mediana. Faço sim sobremesas excelentes. Recebo muito bem os convidados, conheço toda etiqueta em vigor. Limpo o pó e lavo os pratos, lavo casas de banho mas lido mal com sanitas porcas. Lavo e seco a roupa com eficiência, mas não passo a ferro. Julgo que está aí no currículo... — disse Maria inclinando-se significativamente para a frente, tentando apontar com o dedo.
— Maria, mostre-me as mamas por favor.
— As mamas? Pois concerteza.
Acto contínuo, Maria soltou o soutien com destreza e levantou a justa camisola. Jorge não foi capaz, no primeiro instante, de esconder o seu agrado. Eram mamas generosas, de contorno e textura perfeitos, dois pequenos bicos cor de rosa.
— Olhe que a Maria tem as mamas uma diferente da outra.
— Desculpe? — disse Maria numa quase indignação incrédula.
— Estava a brincar consigo. Queria ver a sua reacção. Não há nada de errado com as suas mamas, são mesmo do melhor que já vi.
— Obrigado — disse Maria, vestindo-se e não dando grande importância ao elogio. Maria sabia que se tinha alguma coisa que podia alterar o equilíbro de qualquer negociação, era o seu belíssimo par de tetos.
— Sim senhora. E diga-me, Maria, que pensa sobre o sexo anal?
Depois de uma breve pausa, Maria diz num suspiro:
— Devo confessar que não sou grande fã. Apenas mo pediram um par de vezes, e doeu-me bastante. Mas pelo que eu percebi, grande parte dos homens aprecia que a mulher tenha dores. Por isso, é algo em que posso perfeitamente colaborar e evoluir.
Durante uns breves segundos, Jorge manteve-se em silêncio a olhar para Maria.
— Ok Maria. Isto é o que lhe posso oferecer. Já viu a minha casa, a piscina, o court de ténis, os meus carros. Já viu que tenho bastantes posses. Trabalho para isso. Pretendo uma mulher o mais simples possível. Que cozinhe o mínimo, ou pelo menos que saiba dar ordens a uma empregada, que é algo de que posso tratar. Principalmente, o que eu pretendo de uma mulher é que não me chateie os cornos. Com o tempo, posso ser algo flexível, dentro de limites. Agora, não quero chatices com trazer amigos a casa, chegar tarde do trabalho, querer passar os fins de semana de pijama a ver televisão.
Pausa.
— Vai reparar que sou um marido exigente, mas também compreensivo e dedicado. Não vou tolerar a casa feita numa esterqueira, as “dores de cabeça”, desleixo com o corpo e aparência, merdas pré-menstruais nem nada disso. Se quiser ter um futuro como minha mulher, livre-se de me chatear a cabeça com coisas inúteis.
Maria mantinha-se calada, pensativa. Mais um silêncio expressivo.
— Cara Maria, gostei de a conhecer. Parece-me adequada para ser minha mulher. Pode esperar por uma resposta, positiva ou negativa, até ao fim de semana.
Era quarta-feira.
Maria levantou-se com um sorriso, cumprimentou Jorge silenciosamente e saiu.
Jorge, sozinho na sala, sentou-se e acendeu um charuto. De novo a sua maléfica triagem: não iria dizer nada a Maria até Sexta. Se Maria telefonasse, indignada, na Segunda, significava que estaria interessada. Se não, significava outra coisa qualquer.

1 de fevereiro de 2010

Os Cadávres

Estava uma tarde fria, embora solarenga, quando Joaquim entrou no posto de saúde. D. Guilhermina, como sempre desde há 15 anos, encontrava-se atrás da secretária, com os pés em cima de uma salamandra eléctrica a fazer crochet. Desta vez, uma prenda para a neta. D Gulhermina suspirou ao ver o Joaquim. Os anos tinham deixado a sua marca, o seu farto bigode estava cada vez mais grisalho, a saliva nos cantos da boca cada vez mais seca. O eterno palito que ele traz preso nos dentes, seria o mesmo de sempre? Usava-o como ferramenta neolítica, para tirar lixo debaixo das unhas, para pescar tremoços na tasca do Toninho, para coçar a nuca, e às vezes para palitar os dentes.

Guilhermina lembrava-se de tempos imemoriais, quando ela e Joaquim eram jovens de 14 anos, e Joaquim levou-a para trás do palheiro de sua casa com falinhas mansas e promessas de uma vida quente e confortável. E assim foi, que D. Guilhermina, haviam mais de quarenta anos, perdeu o virgo para uma promessa do futebol local, numa profusão de sangue e palha e bosta de vaca. Joaquim, quando teve o queria, não mais ofereceu flores a D. Gulhermina nem a levou de motocicleta a ver o filme que dava na cidade.

Gulhermina e Joaquim são agora duas gastas personagens, cristalizadas no tempo, encontrando-se de tempos a tempos mas nunca falando de outros tempos. Guilhermina é há muito casada com um alcoólico (pobre mulher, Deus guarde a sua alma, pois é dos ingénuos o Reino dos Céus) e Joaquim é viúvo, embora com reputação de frequentar a estrada secundária à noite, onde por breves momentos a sua virilidade é posta em prática a troco de uma refeição quente.

Joaquim entrou, e sem encanto disse

— Então Guilhermina, como vai isso?

Como se Guilhermina nem olhava para ele, apenas encolheu os ombros e suspirou algo de ininteligível, Joaquim continuou

— Olha lá, onde ponho o cadáver?, apontado com o queixo para o pesado saco preto que trazia às costas.

— Outro? É no mesmo sítio de sempre. Entras à direita, e é na segunda à esquerda. Não o ponhas na arrecadação como da outra vez senão sou eu que ouço.

— Olha porra — disse Joaquim, sem grande convicção. — Se lá pusessem indicações, nada disso acontecia.


Dito e feito.

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