31 de maio de 2010

Brilhante.

Women! What could you say? Who made 'em? God must have been a fuckin' genius. The hair... they say the hair is everything, you know. Have you ever buried your nose in a mountain of curls... just wanted to go to sleep forever? Or lips... and when they touched, yours were like... that first swallow of wine... after you just crossed the desert. Tits. Hoo-ah! Big ones, little ones, nipples staring right out at ya, like secret searchlights. Mmm. Legs. I don't care if they're Greek columns... or secondhand Steinways. What's between 'em... passport to heaven. I need a drink. Yes, Mr Sims, there's only two syllables in this whole wide world worth hearing: pussy. Hah! Are you listenin' to me, son? I'm givin' ya pearls here.

Al Pacino, Scent of a Woman

30 de maio de 2010

Marcha atrás.

Para mim, fazer marcha atrás é como viajar para o passado: de todos os resultados possíveis, vai dar sempre merda.
Merda porque, segundo rezam as histórias, parece que se alterar alguma coisa no passado (o velho cliché da borboleta), o futuro assume contornos inesperados.
E, na minha senda de marcha à ré, já alterei o pára-brisas do meu Peugeot, a mala da Citroen, um plátano em Anadia, um pára-choques de um Volvo e toda a frente do Renault 19 da Dona Celeste.
Porquê?, perguntais. Poderia responder que para trás mija a burra, que não quero saber, que o que me interessa é o que está à minha frente, que não sou pessoa de olhar para o passado, que se bato nas coisas que estão atrás de mim é porque, de qualquer maneira, essas coisas não deveriam lá estar.
Mas a verdade é que não sei.
Não gosto de fazer marcha atrás.
Fica o aviso: se me virem a fazer marcha atrás, é porque me arrependi de alguma coisa. E se quiserem ficar atrás de mim, também vocês se vão arrepender.


Porquê?



27 de maio de 2010

16 de maio de 2010

12 de maio de 2010

A Objectiva Epiléptica

Grande Angular

Há cerca de 5 mil milhões de anos, houve um explosão que criou toda a massa que conhecemos. Primeiro sub-partículas atómicas, depois átomos, e depois moléculas. Essa massa que foi criada foi arrefencendo e criando objectos esféricos (porque esta é a forma entropicamente mais estável). Se os objectos criados fossem grandes, acendiam, tornando-se quentes e luminosos. São as estrelas. Se fossem pequenos, continuavam escuros e frios, e orbitavam à volta das estrelas. São os planetas. O espaço criado pela explosão continuou a crescer, e o Universo ia ficando cada vez mais frio. Há quem diga que daqui a uns tempos o Universo vai voltar a encolher, a massa a ficar cada vez mais próxima e a transformar-se outra vez em energia, e não vai restar memória de NADA, absolutamente NADA do que possa acontecer até lá. Depois há-de haver outra explosão, ou não.

Zoom in

Acordo, faço a barba, urino no banho para poupar água e tempo. Visto o fato, tropeço nos vários sapatos que estão no chão. Enquanto aqueço o leite no microondas, escolho uma gravata e visto-a. Enquanto vejo as notícias como os cereais.

Zoom in

O meu corpo tem enzimas por dentro que transformam os cereais em energia, energia que preciso para caminhar, conduzir, pensar e falar. A comida que não preciso é transformada em gordura e armazenada numa camada por baixo da pele.

Macro

No tecido adiposo.

Zoom out

O planeta onde estamos tem pouco mais de 6000 Km de raio e tem uns 6 mil milhões de habitantes. E somos cada vez mais pessoas e menos variedade de animais. E há dois tipos de pessoas: homens e mulheres. Desde sempre que o objectivo de ambos é encontrar o melhor espécime do outro lado para procriar. E cada um usa diversas armas para iludir os outros de que é melhor do que realmente é.

Zoom in

A rapariga que está ao balcão, num café da aldeia, a meio da manhã, a servir-me uma nata e um café, tem uns seios grandes e ancas largas. Logo, é atraente.

Zoom in

A gordura, nas mulheres (a tal comida em excesso), é armazenada preferencialmente nas mamas e nas ancas.
Sei conscientemente que mamas grandes e ancas largas me atraem irracionalmente, porque me dão a ilusão de que os filhos que possa vir a ter com ela não passarão fome e passarão bem pelo canal vaginal, aumentando as hipóteses de ambos virem a ser espécimes saudáveis.

Zoom out

O escritório tem um aspecto usado e antigo, com a pátina dos anos de serviço a surgirem no tecto sob a forma de fungos.

Zoom in

Um fungo é uma forma de vida das mais estóicas, prosperando em condições escuras e húmidas. A vida tem características de resistência incríveis, surgindo de quase nada e multiplicando-se exponencialmente com um mínimo de condições favoráveis.

Zoom out

No caminho para casa, passo por paisagens verdejantes e o meu ritmo cardíaco abranda. A côr “verde” tem esta capacidade porque nos remete, no sistema límbico, para um atavismo de caçador-recolector onde tudo era idílico, e as árvores verdes provienciavam-nos abrigo, segurança e comida. O vermelho, tem o efeito contrário, porque nos remete para o sangue e o fogo, e nos inspira perigo. Por isso é que a cor “verde”, nos semáforos, nos indica “pode seguir, é seguro” e o vermelho “pare, perigo”.
Chegando a casa, é altura de voltar a comer, ver um pouco de televisão.
E depois lavar os dentes, urinar, na retrete desta vez, vestir o pijama e ir para a cama para dormir.

Zoom out

O planeta deu mais uma volta sobre si mesmo (passou um “dia”). Quando der uma volta completa sobre o Sol, passou um “ano”, e eu estarei aqui ou não.

3 de maio de 2010

Gordinbunk

Eu e um colega meu num restaurante a decidir o que havíamos de comer. Hum... uma açorda de marisco caía bem, mas é pesado para agora ao jantar. E uma vitelinha de churrasco? Também me parece bem. Ou então... olha, é isso, vou pedir um Gordinbunk.



Vem o empregado, e o meu colega pergunta: "Olhe lá, o que é um Gordinbunk?"
"Um Gordinbunk é uma delícia. Trata-se de um bife enrolado com fiambre e queijo. Uma maravilha."
"Ah! Quer dizer então um Cordon Bleu!"
"Pois é isso. Mas nós não o sabíamos escrever."
"Ah ok. Era um chátou briã então se faz favor."
"E para mim um filé minhão".

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