22 de fevereiro de 2010

D. Ermelinda

D. Ermelinda já tinha previsto isto. Independentemente do que se possa pensar sobre divinação, astrologias, previsões do futuro, o que é certo é que D. Ermelinda anda a acertá-las em todas.
Nomeadamente, o tornado que houve em Aveiro.


Segundo D. Ermelinda, não se trata de um tornado, mas sim de uma rasgão no delicado tecido do espaço-tempo. As telhas arrancadas das casas da Gafanha foram parar à próxima quinta feira.

Ora, o que se segue, segundo D. Ermelinda?
O planeta Terra vai começar a rodar mais rápido. No início, as pessoas não vão notar grande coisa, apenas que o sol parece levantar e pousar em menos de um dia. Depois, as pessoas que vivem mais próximas do equador vão sentir-se cada vez mais leves. Próximo dos pólos, a diferença é menor, uma vez que o momento angular da Terra é menor aí.
Cada vez mais depressa a Terra rodará, até ao ponto em que o Sol vai parecer que dança freneticamente à sua volta, como um estroboscópio estelar. Os dias vão demorar 15 minutos, para grande transtorno do comércio.
A certa altura, não se distinguirão os dias das noites, passando o planeta a estar numa penumbra constante: nos pólos, o Sol desenhará um círculo no céu como se um mimo girasse uma corda à sua volta com uma bola de fogo na ponta.
Mas, por essa altura, já nada adiantará. Cada vez mais próximo do equador, as pessoas começarão a ser projectadas para cima, para se perderem irremediavelmente. Vão ficar suspensas no espaço, observando o planeta a girar como um pião debaixo dos seus pés. Nos pólos lá se aguentarão, com muitas nauseas.

A partir de certa altura, a rotação será tanta que as hienas mortas-vivas que povoam o submundo começarão a ser cuspidas em catadupa das entranhas da Terra, tranformando-se em esqueletos amontoados que também serão projectados para o espaço.

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