3 de setembro de 2009

Windows é merda.


Há discussões estéreis por esse mundo fora. Do género de quem ganharia num combate, se o Robocop ou o Terminator, ou eu e a Telma Monteiro mais uma amiga. Ou, no fundo, qualquer discussão de futebol.
Daí que me lembrei de um paralelo assustadoramente fiel: as comparações entre o Futebol Clube do Porto vs. Sport Lisboa e Benfica, e a discussão Mac vs. Windows.


O Porto: uma equipa campeã, a única equipa verdadeiramente Europeia que joga em Portugal. Ganha campeonatos de futebol atrás de campeonatos, relegando as outras equipas para um esforço patético de se aproximarem. Não percebo nada de futebol, como não percebo de computadores, vejo apenas a superfície: O FCP é campeão há anos. Não sei quais são as suas últimas contratações, tal como não sei qual é o DirectX que a minha gráfica exige. O Porto é uma equipa estável, que mantém os seus treinadores durante muito mais tempo que qualquer outra equipa do campeonato, não precisando de fazer alterações quase mensais que se revelam infrutíferas.



O Benfica: uma equipa de velhas glórias, que deambula pelos anos do Eusébio e dos 486DX que se usavam na altura. Uma equipa que tem muitos mais adeptos que qualquer outro clube, sendo que o estereótipo vigente envolve bigode, alcoolismo, Renaults 19 com rendas na chapeleira e música pimba.



As vitórias do Benfica em pré-época, com adversários da 3ª divisão holandesa, são elevadas ao estatuto de premonição, “Grande equipa que temos este ano!” (“O Windows novo é espectacular!”). “Já estamos a ganhar jogos atrás de jogos!” (“Vês? Liguei o computador e ele funcionou!”).

O Windows muda constantemente de configuração, admitindo que as versões anteriores não prestavam e “agora é que é”. Tal como o Benfica. Mas continua com bugs que comprometem o sistema todo. No Benfica, chama-se “Nuno Gomes”.

Por outro lado, o Porto vai buscar jogadores baratos que se revelam estrelas e valorizam em poucos meses. Tal como a Apple inventa soluções extremamente simples que são depois copiadas pela concorrência.

As vitórias do Benfica são sobrevalorizadas, tal como as derrotas do Porto. O Benfica ganha ao Paranhos (o computador liga), e é o melhor do mundo. O Porto perde com o Manchester (ficou lento quando estava a trabalhar com o Photoshop enquanto estava a sacar um filme e dois álbuns da net a ouvir música e a falar com alguém pelo Skype), e tudo pára. “Vês, o Porto já deu o que tinha a dar!” (“Afinal o Mac também crasha, ah ah ah!”)

E as derrotas do Benfica são subvalorizadas, tal como as vitórias do Porto. O Benfica falha a qualificação para a Champions. “Oh, foi culpa da arbitragem, azar do Quim, e ainda por cima choveu” (“O computador crashou porque houve uma incompatibilidade entre o ficheiro dll porque não tenho o driver da placa actualizado desde que acedi à bios com o .exe do directX10.”)
O Porto faz o que lhe compete ficando em primeiro no campeonato e fazendo boa figura na Champions. “O Pinto da Costa comprou os árbitros”. (“O Mac tem essas paneleirices todas que não servem para nada. Teclado retroiluminado? Precisas dele à noite? Caixa de alumínio, parece uma tostadeira? Não tem vírus porque não interessa a ninguém fazer vírus para uma marca que só os snobs utilizam!”)

Tem piada esta discussão, precisamente pela diferença abismal entre o que está em causa. Mais abismal ainda que a diferença entre o Porto e o Benfica.

Por isso, a todos os Neanderthais que exultam o verdadeiro pedaço de lixo que se chama Windows gratuitamente, baseando-se nos seus valores intrínsecos, daqui envio um valoroso BARDAMERDA. Continuem a manter-se na mediocridade, se gostam, e parem de me chatear com discussões perfeitamente espúrias e inconsequentes sobre as vantagens de um sistema operativo sobre outro.





Nota: As opiniões expressas nest post reflectem a opinião do autor e estão certas.



1 comentário:

nuno disse...

vou desmontar o teu raciocínio em 2 palavras.


Force.
Quit.

Acreditam:

Seguidores