24 de agosto de 2009

Crepáu!


A boa poesia já está gasta
Escrevo portanto sem rimar.
Um médio talento basta
Para escrever um poema rasca
Com palavras findas em "ar".

Fui hoje a uma livraria
Trazia quatro euros no bolso.
Lá jaziam milhares de livros,
Alguns bons, outros uma porcaria,
Estavam a vendê-los a vulso.

Com o dinheiro que tinha, que não sobejava,
Consegui comprar meio quilo de poesia.
Abri o livro, o que é que trazia?
Poesia, parecia, mas que não rimava!

Tudo aquilo me confundia:
Um poema sem rima é como um dia sem vento
Uma noite sem lua ou uma criança sem alento
Uma árvore sem folhas, um pinheiro de Natal
Sem a estrela no cimo ou os enfeites de cristal.


Vai buscá-la.


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