11 de maio de 2009

Primeiro Acto

Nando estava na sala de cultivos a mudar o meio às células. Entra Elsa, com tensão espelhada nos olhos.

Elsa: Nando, vou precisar das tuas células.

Nando faz uma pausa pensativa, vira-se lentamente para trás.

Elsa: Vou ter de fazer placas. O Gonçalo vem na Segunda Feira e o António tem de lhe mostrar resultados.

Nando: Estás a bromar comigo, caralho. Então primeiro não descongelo células porque são caras e não as podemos gastar, agora queres fazer placas antes que elas cresçam? Foder.

Elsa acusa o toque. Responde, com voz baixa e olhos húmidos.

Elsa: Tem de ser. A ELISA correu mal. Vou descongelar células agora, e o Bernardo também. Temos de fazer placas e ter resultados até Segunda. Se quiseres, usamos as nossas.

Nando: Cago-me no leite. Mais vale utilizares as minhas que já estão estáveis em meio de 10%. Quantas precisas?

Elsa: Uns 4 milhões.

Nando: Foder!

Desanuvia-se a tensão. Elsa sai, de sobrolho carregado. Nando sorri, queda-se mais um pouco, depois sai e desliga a campana.

Fim de cena.

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