23 de janeiro de 2010

Guess How Much I Like You





I’ve thought of giving you a flower, with a note, but I don’t know what to write.
I fell my legs shaking, when you smile to me, when i stop seeing you.
Come play a game with me, I for you and you for me.
Close your eyes and guess, how much do I like you.

I like you, from here to the moon.
I like you, from the moon to here.
I like you, just because I like you.
And it’s so good to live like this.

I’m trying to decide, how to say to you, how to tell you.
I even made an airplane, with a blue paper, but it flew from my hand.
Come play a game with me, I for you and you for me.
Close your eyes and guess, how much do I like you.

I like you, from here to the moon.
I like you, from the moon to here.
I like you, just because I like you.
And it’s so good to live like this.

How many times I stopped at your door.
How many times you didn’t even looked at me.
How many times I asked you to guess
How much do like you.

I like you, from here to the moon.
I like you, from the moon to here.
I like you, just because I like you.
And it’s so good to live like this.


Que belo momento. Ora, o rapaz é um bom artista. Acima de tudo, é fofo, e inteligente, pois diz que é a filha que lhe escreve as músicas, de modo a defender-se das acusações de preguiça e lamechice.

Mas não vamos falar disso. Vamos, sim, falar de um assunto mais sério: Esta música é um excelente exemplo do conceito de relatividade de Einstein.
“Gosto de ti desde aqui até à lua”, diz ele. Isso é muito ou é pouco? Entra então Einstein, com um fulgurante “depende!”. Depende do referencial.
Se estamos a falar tendo como base a mesa de jantar, dizer “gosto de ti desde aqui (apontando para o prato de sopa) até à cómoda” é bastante. Se fôr em Viseu, “gosto de ti desde aqui até Castro Daire”, não é mau, mas até ao Algarve é mais. Digamos que eu então gosto mais de ti porque o Algarve é mais longe.
Parece-me que foi assim que começou: uma discussão delicodoce sobre quem gosta mais de quem.

— Gosto de ti desde aqui até aqui (apontando para as mãos, de braços abertos).
— E eu gosto de ti desde aqui até ao fundo do quintal.
— E eu gosto de ti desde aqui até Lisboa.
— E eu desde aqui até à China.

A este ponto, Andret Sardê já se sentia nauseado, e queria terminar o assunto.

— Gosto de ti desde aqui até à lua. Prontos.

Não te safavas assim comigo, Andretzinho... a lua está a apenas 384.000 km da Terra. Referencial, meu amigo, referencial. Vamos lá então:

— Gosto de ti desde aqui até ao Sol.
— Gosto de ti desde aqui até à cintura de Asteróides.
— Gosto de ti desde aqui até Plutão.
— Gosto de ti desde aqui até Alfa Centauri.
— Gosto de ti desde aqui até Sirius I.
— Gosto de ti desde aqui até Tau Ceti.
— ...

E assim por diante. Tau Ceti está a apenas 11 anos-luz da Terra, por todos os parâmetros é uma estrela próxima. Ainda podia continuar.
Aposto que conheço mais nomes de estrelas que o Andret Sardê, e depois mesmo assim posso começar a nomes que ele nunca daria conta.

Fica a anotação, caro Andret. Tens de ser mais conciso e escrever sem ambiguidades. “Gostar de ti desde aqui até à lua”, como viste, afinal não é gostar assim tanto de alguém.



3 comentários:

nuno disse...

a maneira como escreves é que precisava dum bom referencial.

O Senhor disse...

AH!

O Professor disse...

Parece que toquei num ponto sensível...

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