9 de janeiro de 2010

Diário de Kimi Raikkonen

Querido diário

Hoje sinto-me particularmente triste. É daqueles dias em que sinto que a vida passou por mim a correr, e que não tenho nada para mostrar. Cada vez me arrependo mais de ter começado esta vida... sempre de um lado para o outro, a aturar chefes, iniciativas de marketing, análises de telemetria, kilómetros infindáveis num carro desconfortável, às voltinhas em circuitos durante horas a fio, faça chuva ou faça sol.

Estou farto disto. Quem me dera voltar atrás no tempo.


Ontem, depois de sair às dez da noite (!) de uma reunião sobre o novo diferencial, ainda me dizem que tenho de passar o próximo fim de semana no Mónaco às voltinhas de carro com um grupo de modelos. Nem para mim tenho tempo. E depois, nem sequer falar das corridas, que vão começar em breve... andar a 300 kilómetros por hora empacotado entre não sei quantos carros, a arriscar a pele, já teve mais piada, acredita. Já não há paciência.
E depois, se porventura os resultados “não são os desejados”, lá vem o chefe a chatear-me ainda mais a cabeça. Porque não me aplico, e não arrisco, e não colaboro com a equipa, e não sei mais o quê. Estou fartinho disto. Às vezes, adormeço a chorar, desanimado. Puta de vida esta que me escolheu.

Kimi




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