7 de julho de 2009

Gay Pride 2009

O palco estava montado: a maior parada gay da Europa, no maior bairro gay da Europa, a terminar a semana da maior festa gay da Europa. Dois milhões de pessoas que vieram, dois milhões de livres-pensadores e livres-amadores, gente bonita e depilada, gente que acaba por dar razão a Nietzsche, nobres Übermensch que caminham de mãos dadas, que ganham um salário em média superior ao resto da humanidade que por cá anda para se reproduzir, que domina todas as artes e alguma da ciência, gente que anda de rabo ao léu no meio da rua.



Não podia perder pitada. Havia Samba na Gran Vía!



E estas festas, como já tenho reparado, puxam o melhor de Madrid, a cidade com o melhor serviço do mundo. Nunca me faltou cerveja fresca, servida à distância de um braço e antes de pedir, bastando apenas pensar. Desses 2 milhões de pessoas, acredito que pelo menos um milhão eram chineses a vender latas de Mahou.



Comprei cerveja ao longo da noite toda, um chapéu catita pelas 3 da manhã, e uma sandes de chouriço pelas 6.

Outra coisa que saltava à vista era a amostra aparentemente completa de todo o espectro da humanidade. Havia velhos, novos, homens, mulheres, bonitos, feios, gordos, magros, ricos, pobres, pretos, brancos, loiros, e tudo o que pode existir pelo meio.
Esta é a a Maya, iniciada aos 45 dias de vida a um planeta ambicioso de tolerância e excentricidade.



Por todo o lado se exaltava o amor livre. Toda a gente se conhecia, e o exótico pairava no ar. Lembrei-me de seguida, sem nunca lá ter estado, de como seria o ambiente na corte francesa no séc. XVIII... e de repente, aparece-me a Maria Antonieta!



E personagens variadas.



Até mesmo os sindicatos estavam representados, sabe-se lá porquê, no autocarro da UGT mais fixe que eu já vi.



E para terminar, uma imagem de redenção, ou de esperança, ou apenas uma foto bonita que tirei no desfile.


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