1 de junho de 2009

Fora do escritório.

"Querido diário:

A coisa mais estranha acabou de me acontecer. Toca o telefone, e era o João Pedro. Acho que já te falei dele, aquele rapaz que me tirou os três no AX dele, há uns 15 anos, namorava com o Fábio na altura. Depois acabámos por ficar amigos coloridos, e ainda andámos durante uns 5 meses.
Então telefona-me o João Pedro, “Olá Cidália, estás boa?”, reconheci-lhe logo a voz de miúdo. Bem sabia o que ele queria; depois de acabarmos ele volta e meia telefonava-me para “matar saudades”. Mas já não me telefonava há uns 5 anos, nunca mais soube dele. Telefona-me então, olá Cidália estás boa, fizemos uma conversa de ocasião, e logo logo sugeri-lhe um encontro para “matar saudades”. Ele fez-se difícil no início, como sempre, perguntou-me se eu namorava, eu disse-lhe que não (o Eugénio não conta), e disse que tinha saudades minhas e que queria também matar saudades. Depois diz-me “Sabes que estou diferente, já não sou aquele miúdo vigoroso”, “não faz mal”, disse eu a rir-me (também não era aquele vigor), e que estou a ficar careca, e com mais barriga (rimo-nos os dois), “é normal”, disse eu, “eu também tenho um quilitos a mais desde a última vez”; e mal disse isto, a chamada caiu. O João Pedro não me tentou ligar mais vez nenhuma, e eu liguei-lhe mas não atendeu. Não se pode confiar nos telemóveis, sinceramente..."

Sem comentários:

Acreditam:

Seguidores