30 de outubro de 2010

Dia das Bruxas



Uma vez por ano, podemo-nos dar a este luxo!
Vai mudar a hora. Às duas da manhã de Domingo, o relógio vai andar para trás uma hora. E nessa hora podemos fazer tudo o que quisermos, na máxima impunidade.
Vamos dizer às pessoas que amamos o que sentimos por elas, e que apesar de tudo não são perfeitas. Vamos dizer às pessoas que odiamos que não valem nada, mas que temos alguma inveja.
Vamos dançar polka em cima de campas do cemitério, fazer amor menos que consensual com bruxas pubescentes atrás do campanário, à sombra da lua prateada! Vamos rir, pegar fogo a notas de 50, atirar ovos aos carros da polícia, beber até vomitar no balcão, caminhar nus nas pedras da calçada, beijar desconhecidos na boca, ulular como índios, pintar cães com spray verde, subir às árvores e uivar à lua, pontapear pombos, tudo!

Porque tudo isso vai ser como se nunca acontecesse, e aquela hora entre a uma da manhã e as duas será enviada lá longe, para algum buraco negro, onde não há arquivos nem câmaras nem provas. E tudo o que acontecer permanecerá apenas na nossa memória.

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