13 de março de 2012

Dia da Mulher

Dia da Mulher. Sem coincidência, umas três semanas de rescaldo do dia dos Namorados. Onde as mulheres de todo o mundo se reúnem e, ao invés de ficarem em casa a ver o CSI ou o Anjo Perfeito ou a ler o Twilight, juntam-se em hordas estrogénicas para dizerem mal dos namorados (as que os têm) ou dos homens em geral (as que os não têm). Invariavelmente, abrindo os cordões à bolsa para jantar e discoteca, abrindo a direcção do Punto da mãe contra o lancil de uma rotunda, e depois abrindo as pernas ao desconhecido que a ajudou a fugir da cena.

Nada contra, isto foi apenas um desabafo. Não vou entrar no cliché de que o dia da Mulher promove precisamente o que tenta evitar: a segregação de uma minoria. Tal como há o dia da Paralisia Cerebral, o dia da Doença de Aspeger’s e da Trissomia 21, este é mais um dia que celebra uma minoria supostamente negligenciada, como todos estes dias idiotas que celebram alguma coisa (bem vistas as coisas, até o dia do Trabalhador começa a celebrar uma minoria).

Mas não é disto que eu venho aqui falar: Dei conta de um fenómeno que pode dar azo a uma bela obra de literatura. Ou aliás, três obras distintas, que trabalharei em jeito de Você Decide, cujo destino será decido pelo meu grupo de leitores (sim, estou a falar contigo, Casimiro).

Vamos começar pelo fenómeno. Esta é a primeira vez, desde que se celebra o Dia da Mulher (nos idos de 2004 D.C., anno da graça daqui d’el Rei), que este dia coincide com a lua cheia. E a lua cheia está cheia de fenómenos associados, por isso serve aqui de pretexto para mais um.

E há que aproveitar esta pérola. Do meu ponto de vista, esta obra só pode seguir um de três caminhos:

O Terror
O Sexo
O Romance

1 - O Terror

Quando o Dia da Mulher coincidiu com a lua cheia, uma série de fenómenos paranormais surgiram sem explicação científica. Os pombos chocaram contra os edifícios, os ratos fugiam pelas ruas fora, o campo magnético da Terra inverteu-se, e, pior que tudo, algo que a espécie humana sempre temeu desde o início dos tempos: todas as mulheres férteis sincronizaram a menstruação. Após o jantar das mulheres, um terrífico amoque prepassou por todo o género feminino, dando uma volta inteira pelo planeta Terra, infectando todas as mulheres com o Chico.
Acto contínuo, hordas de mulheres começaram a deabular pelas ruas sem destino ou intenção, azucrinando a vida dos homens. Os homens começam então a refugiar-se nos bares (porque os lupanares também têm mulheres, e essas ainda ficam pior). Os homens tornar-se-ão cada vez mais mansos, mais tristes, e não representarão qualquer tipo de resistência para o domínio rampante das mulheres.

2 - O Sexo

Quando o Dia da Mulher coincidiu com a lua cheia, uma série de fenómenos paranormais surgiram sem explicação científica. Os pombos chocaram contra os edifícios, os ratos fugiam pelas ruas fora, o campo magnético da Terra inverteu-se, e, por alguma razão, entraram todas no cio. Muitos foram os homens surpreendidos com este facto quando, ao voltar do trabalho, dos bares e de passear o cão, encontraram a respectiva mulher, ou mesmo uma mulher desconhecida, com os olhos fitos neles que só poderiam dizer uma de duas coisas: vou-te comer, ou vou-te matar. Muitos foram os homens a quem aconteceu ambas. Os homens andavam apardalados; depois da alegria inicial, reparavam que andavam mais magros e cinzentos, antecipando com horror a hora de encontrar uma mulher com as entranhas em brasa, com um fogo que só um falo pode apagar. Logo as mulheres reparavam que os homens não lhes bastavam, e algumas mais afoitas recorriam mesmo a sinais de trânsito, jactos de água, berbequins e outros aparelhos de média tensão. Assim que as mulheres deram conta dos grilhões de que foram libertadas, dizimaram quase todo o género masculino, apenas mantendo alguns para cobrição, outros para mecânicos, e outros apenas para mascotes.

3 - O Romance

Quando o Dia da Mulher coincidiu com a lua cheia, uma série de fenómenos paranormais surgiram sem explicação científica. Os pombos chocaram contra os edifícios, os ratos fugiam pelas ruas fora, o campo magnético da Terra inverteu-se, e todas as mulheres tiveram a mesma epifania em simultâneo. Olharam todas umas para as outras, com um desdém piedoso, e quase todas pensaram na mesma coisa: “o que é que eu ando aqui a fazer?”. E todas elas chegaram à mesma conclusão; de que o homem não funciona sem a mulher, que foram feitos para estarem juntos, que uma mulher sem o homem é como uma tela sem pincel, um piston sem a biela, é como um dia sem vento, uma noite sem lua ou uma criança sem alento, uma árvore sem folhas, um pinheiro de Natal, sem a estrela no cimo ou os enfeites de cristal. E acabam por dominar o mundo.


E é assim!
Liguem para o número que aparece no rodapé (sim, tu, Casimiro), e escolham qual o caminho que querem que esta história tenha.

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