19 de julho de 2010

Carta Aberta

Exmos. Srs. da Car Lease

Na passada semana a minha viatura, uma Citroen C4 Picasso, deu o peido mestre. Deixou de pegar, por um problema qualquer de electrónica. Ora, o serviço por vós prestado inclui reboque e viatura de substituição. Não me queixo da rapidez do vosso serviço, pois apenas meia hora depois de ter ficado apeado já tinha a viatura em cima do reboque e um táxi para me levar à viatura de substitução.
O que se passa foi que, apesar dos vossos serviços alardearem que a viatura de substituição será da mesma gama que a viatura corrente, aparentemente desta vez não havia viaturas da mesma gama que pudessem substituir a monovolume com que eu me deslocava.



Foi-me dito , por uma das vossas colaboradoras, que se mostrou muito simpática (disso não tenho razão de queixa), que não havia viaturas de 7 lugares, e se eu não me importava de ficar com uma viatura comercial, de apenas dois lugares. “Que se lixe”, pensei eu, pois o conserto da minha viatura não deveria levar tanto tempo. Ora, mas a viatura “comercial” de substituição que me foi atribuída ficou muito aquém das minhas expectativas. Mesmo sendo uma viatura de uso temporário, e não sendo eu esquisito, julgo que ficou uns bons pontos abaixo dos vossos pergaminhos de qualidade.



Primeiro, o nome. Julgo que se trata de uma marca chinesa, “Zonda”, pelos vistos, querendo passar por uma cópia barata dos “Honda”, marca nipónica de carros de qualidade. O primeiro dia que passei com o “Zonda” foi de bradar aos céus: um barulho perfeitamente insuportável, a comodidade era verdadeiramente nula, não podendo eu passar por cima de um selo sem adivinhar o seu valor facial. A viatura não tem mala que se aproveite, nem um necessáire lá cabe. De modo que tive de fazer várias viagens no decurso do meu dia de trabalho. A visibilidade traseira é pior que nula (dei um par de toques na traseira, que por sinal tem 4 ponteiras de escape que parecem bidões), galgar passeios é impossível (deixei o spoiler em Anadia, podem ir lá depois buscá-lo), o interior é incómodo de tão despido, vendo-se as cablagens e uns materiais a imitar a fibra de carbono. Dos consumos nem falar, se fosse eu a pagar o combustível estaria ainda mais indignado. Gastei dois depósitos a ir ao Pingo Doce, que fica a dois quarteirões de minha casa.
Em suma, um horror. Aconselho-vos vivamente a rever a vossa política de viaturas de substituição, uma vez que este “Zonda” é mais indicado para aqueles miúdos de 20 anos que gostam de acelerar nas rotundas para impressionar as miúdas, não para um jovem trabalhador com uma hérnia discal.

Cumprimentos

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