Às vezes, parece que olha para mim.
Dou à chave, ouço a faísca
Acelero o motor, acendo o pisca
Fico triste que acabe assim.
Branco pérola, de sangue na guelra
Rasga asfalto com leveza de melra
Alma de gato e coração de leão
Sou o Rei da Estrada com o volante na mão.
Ah, quando cantas p'la rua fora!
E arrancas a chiar no paralelo.
"Olha para aquele selvagem!"
Fizessem comigo uma viagem
Para ver como o mundo é belo.

Vou ter saudades tuas, companheiro.